Dicas para El Nido, nas Filipinas

Se o paraíso na Terra existe, ele se chama El Nido. Sério, já falei bastante sobre os encantos desse lugar surreal, contando o que fazer em El Nido. Agora chegou a hora de passar umas dicas pra quem não resistiu e tá pensando em visitar o paraíso :)

Como chegar:

Já adianto que não é fácil chegar lá, mas garanto que vale muito a pena!

A forma mais comum e barata de ir é através do aeroporto de Puerto Princesa, a capital da ilha Palawan. Até tem um aeroporto em El Nido mesmo, só que é privado. Caso queira mais informações a respeito, veja aqui.

Como nem tudo é fácil nessa vida, antes de chegar em Puerto Princesa, muito provavelmente você ainda vai fazer escala em Manila, a capital e maior cidade das Filipinas.

Para o trajeto ficar mais agradável, aproveite que está lá e conheça essas duas cidades. Em Manila, infelizmente não pude sair do aeroporto, mas ouvi dizer que tem uns pontos turísticos históricos bem bacaninhas. Já Puerto Princesa é uma parada obrigatória por causa do Underground River.

Pra ir de Puerto Princesa a El Nido, você pode pegar uma van no próprio hotel/hostel ou ir de ônibus, que foi o que fizemos. Caso essa seja a sua opção, é legal ir até o terminal de ônibus e já reservar a sua passagem para o dia seguinte. Se não estiver com o orçamento muito apertado, aconselho pegar a van, porque a viagem de ônibus é meio sofrida: umas 5 horas com muitos buracos, buzinadas, paradas e ar condicionado bem frio.

Quando ir:

Caso tenha um calendário flexível, a melhor época é entre janeiro e abril, que são os meses com menor possibilidade de chuva. Mas o clima é quente o ano inteiro, ideal para aproveitar muito aquelas praias lindas! Fomos em janeiro e quase todos os dias eram ensolarados e as noites tinham o céu mais estrelado que já vi. Definitivamente, o tempo colaborou com os nossos passeios :)

Preços:

Sorria, lá é tudo barato! Para você ter uma noção, achamos os preços das Filipinas bem mais baratos do que os das cidades grandes da China. A moeda de lá é o peso filipino (PHP) e 1 US dólar compra quase 45 pesos (cotação de jan/2014).

Pagamos em torno de 1.200 pesos em cada tour. Super dica: a agência Servant faz um desconto e ainda fornece os equipamentos pra snorkeling sem cobrar aluguel extra! Fica bem pertinho da praia, na mesma rua da única padaria que tem por lá.

Você encontra facilmente muitos pratos gostosos por 150 - 200 pesos. Eu virei fã de um crepe de banana com Nutella que era só 130 pesos.

Onde ficar:

Nós ficamos em uma pensãozinha chamada Jammers e conseguimos a barganha de 600 pesos por noite pra duas pessoas! Tá certo que procurar bem e pechinchar não é um problema pra nós, mas fica a dica do que é possível encontrar. O Jammers fica em uma ruazinha perto da padaria e da agência Servant... Os hotéis mais tops, estilo resort, estão pra mais de 2.000 pesos a diária. Tem vários outros intermediários entre essa faixa de preço.

Jammers

A maioria dos hostels mais baratos de El Nido não anunciam em sites como o hostelworld, então você só acaba sabendo deles quando chega lá mesmo. Como eles lotam constantemente, a dica é reservar um lugar para as primeiras noites e, quando chegar lá, decide se troca ou renova.

Outro conselho é ficar hospedado pelo centrinho, pra não ter que ficar pegando tuk-tuk ou alugando moto para ir aos restaurantes e à praia de onde saem os tours.

Ah, e a maioria das pousadas menores não tem banho quente! Na Jammers tinha essa opção, só que precisava pagar uma taxa extra... Mas como lá é praia, calor e tudo sem luxo, entramos no clima e ficamos no banho frio mesmo.

Segurança:

El Nido me pareceu muito segura, tanto que lá fizemos uma das maiores aventuras das nossas viagens: dormimos uma noite na praia, com as mochilas e tudo! O céu estava mega estrelado e eu nunca vou esquecer essa noite.

Durante os 10 dias que estive por lá, nunca vi nenhum furto/assalto ou me senti ameaçada. As pessoas me pareceram ser bem honestas, além de simpáticas.

Quantos dias ficar:

Considerando a dificuldade de se chegar a El Nido, reserve no mínimo 3 dias inteiros para passar lá (mais o tempo de deslocamento). Assim é possível dedicar pelo menos 1 dia para um dos tours, 1 dia para um passeio de moto - para as praias Nacpan e Las Cabañas, que falei aqui - e mais 1 dia de folga para caso chova, para fazer outra coisa que dê vontade ou até mesmo pra repetir algum passeio que você gostou.

Eu diria que o ideal seriam uns 5 dias, pra dar tempo de relaxar e fazer tudo sem pressa ao ponto de curtir o pôr do sol na praia que quiser. Se você não tiver um bom preparo físico, acho bem puxado fazer, por exemplo, 2 tours em dias seguidos. Em vários passeios é necessário nadar consideravelmente e também tem os snorkelings, que cansam um pouco. Vida difícil, né?

Se virando em El Nido:

Considerando que você está na Ásia, é um lugar bem fácil de se virar. Apesar de eles terem o idioma próprio, todo mundo fala inglês, até mesmo os nativos mais afastados do centrinho que nos levaram para a trilha da cachoeira. Isso é reflexo da colonização do país pelos Estados Unidos, que durou até poucos anos atrás.

O transporte é precário. Porém, como a cidade é bem pequena, você percorre o centrinho todo em menos de 20 mins a pé. Para os lugares mais afastados, é tranquilo pegar tuk-tuk, ônibus direto no terminal ou alugar uma moto.

Tuk-tuk

Um "ônibus" que encontramos pelo caminho

Vida noturna:

Há alguns bares e baladas pequenas no centrinho, mas a maioria não vai até muito tarde. Algumas são bem de frente para o mar, uma delícia! Uma delas mistura bar e restaurante, decorado na vibe do reggae e cheio de fotos do Bob Marley. Infelizmente acabamos desistindo de ir lá porque estava sempre cheio :(

Quem vai sozinho para El Nido consegue fazer amizade facilmente com viajantes, pois há sempre muitos estrangeiros por lá.

Bom, eu poderia falar muito mais sobre esse lugar que conquistou o meu coração, mas acho que o essencial já foi dito.

Ficou alguma dúvida? Pergunte nos comentários!


Um abraço e boas viagens para nós!

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Sobre Mayumi Tsuruyama

Me formei em Administração por adorar o universo empresarial. Mas também sou freelancer e blogueira, por amor ao mundo e à liberdade. Encaro todas as viagens que já fiz e ainda farei como trajetos de uma viagem maior, que é a vida. Seja como turista, estudante, trabalhadora ou mochileira, viajar me completa. E eu ainda tô longe dos 100%!