Viajar barato: 4 dicas para economizar em viagens internacionais

Economia é sempre bem-vinda, não é mesmo? Esteja o dólar desfavorável ou não! Independentemente de cotações, sou da opinião de que é sempre melhor viajar economizando do que não viajar.

Claro que cada um conhece (ou deveria conhecer) os seus limites financeiros, embora eu acredite fielmente que uma viagem pode ser bem mais barata do que muita gente imagina. Mas também não é só oba oba. Para viajar barato, é necessário fazer bastante planejamento e ter poucas frescuras.

Aos meus colegas que não nasceram em berço de ouro, hoje quero compartilhar algumas estratégias de economia que aprendi ao longo das minhas viagens.

Passagens aéreas

A economia começa exatamente aqui. Inclusive, as passagens podem custar mais do que todo o resto da viagem. Então, muita calma nessa hora! Pesquise todas as fontes possíveis e planeje bem a data.

Aconselho começar procurando pelas promoções de passagens aéreas. O site Melhores Destinos e sua Fan Page são um bom ponto de partida. Paralelamente, faça pesquisas em sites como Expedia, Skyscanner e Matrix. Há outros nesse mesmo estilo, mas não acho que os resultados diversifiquem tanto - só cuide pra não escolher os que cobram comissões. Além de comparar os preços entre diferentes companhias aéreas, esses sites também te permitem fazer pesquisas sem datas específicas (para encontrar os dias mais baratos), cadastrar um e-mail para receber as alterações de preços para um itinerário e dia específico, combinar pacotes de viagem - passagem + acomodação + aluguel de carro - e por aí vai. Mesmo assim, sempre é bom pesquisar (e comprar) diretamente no site oficial da empresa aérea identificada como a mais barata naqueles sites que falei lá em cima, pois você pode encontrar preços melhores.

Achou a oferta mais barata possível? Não compre ainda! Consulte as operadoras de turismo. Veja se elas podem te oferecer alguma vantagem, tipo um seguro bacana ou descontos para viagem em grupos, e compare os preços. Às vezes, por terem muitas parcerias com as cias aéreas, hotéis e etc, esses intermediários acabam conseguindo preços ainda melhores do que os que você encontrou sozinho. Se o que eles te oferecerem não valer a pena, você já vai estar bem informado de antemão e pode recusar com propriedade.


Período da viagem

Aqui há dois fatores a serem considerados:

(1) O período da viagem como um todo: se possível, viaje na baixa temporada. Verão, fim de ano e datas comemorativas em geral costumam ser considerados alta temporada. Portanto, provavelmente serão épocas mais caras. O mesmo pode acontecer com o inverno em destinos de inverno (onde se vai para esquiar, por exemplo) ou onde o verão é tão quente que chega a ser quase insuportável (ex: Oriente Médio). Mas cuidado, se você quer esquiar, não vá comprar a passagem para um mês que não neva, por mais que o preço esteja ótimo. Cheque antes!

Snowboard nos Estados Unidos

(2) O horário do deslocamento entre os destinos: para trajetos que levem mais de 6 horas, é preferível viajar à noite. Dormir durante a viagem já corta de cara o custo com hospedagem. Na "carona" também dá pra eliminar o táxi, que você teria que pagar porque transportes alternativos geralmente não funcionam de madrugada. Outra vantagem é a economia de tempo: chegando de manhã cedinho, você tem o dia inteiro para aproveitar o destino final. Vale lembrar que um horário de embarque noturno facilita o seu lado para chegar com antecedência nos locais de partida e para conseguir dormir enquanto viaja.

Quanto às longas viagens de trem/ônibus: muita gente diz que é desconfortável demais para dormir e que você pode se deparar com cidadãos que estão há três dias sem tomar banho. Pode acontecer? Claro que pode. Mas cada caso é um caso. Acho preconceituoso pensar que todo mundo que não é brasileiro é fedido. É igualmente errada a ideia de que todos os trens e ônibus são desconfortáveis.
Eu tive uma ótima experiência viajando por 13h de trem na China, que aliás é famosa pelos maus odores:

Viagem de trem pela China

Transporte entre cidades

Viajar de avião, mesmo com as famosas companhias aéreas low cost da Europa, nem sempre é mais barato. Muitas vezes vale a pena mesmo, mas não esqueça de comprar com antecedência e de incluir no orçamento o custo do transporte entre o aeroporto e o local onde você vai ficar. A maioria dos aeroportos não ficam perto do Centro da cidade e o deslocamento pode custar mais de €10 fácil. Por isso, trocar o voo low cost por ônibus pode ser uma boa alternativa, já que eles param em estações centrais.

Pra quem tá aberto a experiências diferentes, uma ótima opção é apostar nos sites para pegar carona. Já usei o Carpooling e o Blablacar e gostei bastante. Por meio dessas plataformas, você encontra pessoas que estão viajando com seus carros entre algumas cidades e oferecem caronas. Geralmente eles cobram mais barato do que uma passagem de ônibus/trem/avião. Além de economizar, você ainda tem a chance de bater um papo legal e viajar de forma mais confortável.


Transporte dentro das cidades

Se estamos falando de economia, o táxi geralmente fica de fora. Aliás, confesso que prefiro o transporte público para "sentir a vibe" das cidades. É nos ônibus e metrôs que você verá os habitantes locais seguindo suas vidas. Também é uma boa oportunidade pra ver como a cidade organiza seus meios de transporte. Se possível, combine o uso desses veículos com boas caminhadas.

Mas a dica para economizar com transporte é procurar pelos passes especiais. Isso vai variar dependendo da cidade. Em Miami, por exemplo, você pode comprar o 1 Day Pass, que te permite pegar quantos ônibus e metrôs quiser por uma tarifa única de $5,65 durante 24h, ou o 7 Day Pass, por $29,25 e com uso ilimitado para 7 dias. Lugares como Viena e Paris também possuem esquemas similares.

O mais inteligente que já vi foi em Londres, o Oyster Card. Você faz um cartão e deposita o quanto quiser como crédito. Conforme o uso, o cartão calcula se sai mais barato descontar passagens individuais (caso você use poucas vezes em um dia) ou fazer aqueles descontos diários/semanais. Se estiver indo embora de Londres e o seu Oyster Card tiver crédito, você pode devolver o cartão e pegar todo o crédito de volta. Legal, né? Mas antes de comemorar, lembre-se: em Londres, tudo é caro!

Metrô de Londres

Passeios turísticos

Todo mundo já tá careca de saber que o Trip Advisor está ali, gratuito e cheio de dicas de quais pontos turísticos visitar, com direito a avaliações e tudo mais! Se você curte textos e histórias mais completas, o que não faltam são blogs com roteiros incríveis.

Às vezes, porém, é legal ter um guia pra que você não se perca e pra te contar as histórias por trás de cada lugar. Para isso, sugiro os Sandemans. São pessoas que fazem tours guiados gratuitos por 18 cidades espalhadas entre a Europa, o Oriente Médio e os Estados Unidos. Apesar de serem "free", os guias esperam uma gorjetinha no final do tour.

E quando você depende do transporte de uma agência para ir a uma atração super longe ou tem que pagar entradas caras, como faz? Algumas vezes, compensa fazer pacotes: ingressos de museu + show + subida no mirante juntos podem te render um bom desconto no final. Pesquise essas opções na internet ou pergunte no seu hostel/hotel.

Você também pode tentar encontrar alternativas. Durante minha viagem para Yangshuo (China), havia um passeio de barco bem famoso (e carinho) que passava pelo lugar onde foi tirada a foto estampada na nota de ¥20. Descobrimos que era possível chegar a esse mesmo lugar de moto e fomos costeando o rio. Além da economia, foi legal ter a possibilidade de ir parando pelo caminho nos lugares que queríamos. E para não ficarmos sem dar a volta de barco, optamos pelo passeio em outro rio, que era ainda mais bonito e contava com um barco super estiloso. No final, fizemos passeios indiscutivelmente mais agradáveis e baratos.

Passeio de barco na China

Outras vezes, não tem jeito. Sem descontos, promoções ou jeitinhos... Aí o negócio é selecionar só aquilo que tem o melhor custo-benefício mesmo. Ninguém é obrigado a ir a todas as atrações mais populares. Alguns museus, por exemplo, são cheios de filas e talvez você nem seja um grande apreciador/entendedor de artes ou antiguidades (meu caso).


Curtiu as dicas? Então confira o próximo post, com mais ideias para economizar com acomodação, alimentação, roteiros, compras e eventos.


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Sobre Mayumi Tsuruyama

Me formei em Administração por adorar o universo empresarial. Mas também sou freelancer e blogueira, por amor ao mundo e à liberdade. Encaro todas as viagens que já fiz e ainda farei como trajetos de uma viagem maior, que é a vida. Seja como turista, estudante, trabalhadora ou mochileira, viajar me completa. E eu ainda tô longe dos 100%!