*Texto produzido por Buenas Dicas
De fato, São Paulo é um mar cinza de prédios e ruas lotadas. Mas entre arranha-céus e caos, a cidade guarda segredos únicos, como feiras ao livre, mirantes, museus gratuitos, ciclovias e parques conhecidos só por quem vive aqui, além de pontos turísticos indispensáveis e restaurantes para apreciar a melhor gastronomia do Brasil. E é possível viver um pouco disso tudo em um roteiro de 3 dias em São Paulo.
 |
| Parque do Povo |
Cheguei em São Paulo em 2011 e já rodei bastante pelos principais bairros da cidade, a trabalho, a passeio e principalmente para comer. Então prepare as malas e o estômago para viajar nesse roteiro de 3 dias em São Paulo, pelo olhar de quem adora novidades, mas não dispensa os lugares famosos da terra da garoa.
1° DIA – Paulista e Centro (pura cultura)
Manhã
Comece seu dia como um bom paulistano: na padaria. Ou melhor, na "padoca". Em São Paulo não faltam opções, onde geralmente o pão na chapa é sensacional, o café com leite é puro conforto e a vitrine é recheada de doces como roscas e sonhos. Uma dica infalível é conhecer uma das melhores padarias em São Paulo, como a Bella Paulista, na rua Haddock Lobo. Ela é grande, o serviço é rápido e os preços são honestos.
Comece seu dia como um bom paulistano: na padaria. Ou melhor, na "padoca". Em São Paulo não faltam opções, onde geralmente o pão na chapa é sensacional, o café com leite é puro conforto e a vitrine é recheada de doces como roscas e sonhos. Uma dica infalível é conhecer uma das melhores padarias em São Paulo, como a Bella Paulista, na rua Haddock Lobo. Ela é grande, o serviço é rápido e os preços são honestos.
 |
| Padaria Bella Paulista |
Aproveite que está perto e caminhe um pouco para conhecer um dos principais cartões-postais da cidade: o MASP. O Museu de Arte de São Paulo fica na Avenida Paulista, bem ao lado da estação Trianon-MASP do metrô. Seu vão livre já foi palco de eventos históricos e seu acervo é provavelmente o mais completo do Brasil. É possível conhecer tudo em pouco mais de 1 hora.
Tarde
Almoço! Andar em museu dá uma fome né? Aproveitando que está perto do metrô, customize seu tempo e vá direto conhecer o ponto turístico mais popular da cidade. É só descer na estação São Bento e caminhar uns 10 minutos até o Mercadão. Vai ter fila e o atendimento é confuso, mas as deliciosas opções fazem valer a pena. Dos sanduíches às frutas, passando por uma infinidade de especiarias, tem tudo lá! É uma ótima oportunidade para levar pra casa aquele ingrediente que você não encontra na sua cidade.
 |
| Mercadão Fonte da foto |
Se quiser algo mais alternativo e menos concorrido que o Mercadão, vá ao Bar Salve Jorge, a poucos passos da mesma estação São Bento, na belíssima região da BOVESPA.
Depois de comer, continue explorando a parte bonita do centro. A arquitetura da região, onde estão também o CCBB - Centro Cultural do Banco do Brasil - e o Largo São Bento, não perde em nada para muitos países europeus. Inclusive, é possível subir ao mirante do Ed. Martinelli e apreciar a imensidão cinza de São Paulo lá do alto do 30° andar. (Visitas: segunda a sexta, das 9:30 às 11:30 e das 14:00 às 16:00 / Sábados e domingos, das 9:00 às 13:00)
Noite
Boa hora para curtir um teatro, certo? Mas confesso que nesses 4 anos vivendo em São Paulo nunca assisti a uma peça famosa, dessas da Broadway ou com atores da Globo em grandes teatros como a Sala São Paulo. O motivo é simples: preços altos e ingressos disputados. Por isso, sugiro gastar menos e sorrir mais no Comedians, uma casa de Stand-Up na Rua Augusta. Entre uma gargalhada e outra, dá pra pedir lanches e bebidas.
Se ainda sair com fome, experimente os restaurantes alternativos da Rua Augusta ou vá conhecer a melhor pizzaria de São Paulo, que é indiscutivelmente a Bráz de Higienópolis, bem pertinho dali.
 |
| Pizzaria Bráz de Higienópolis |
2° DIA – Itaim Bibi e Vila Olímpia (na ostentação ou não)
Manhã
Itaim Bibi é um bairro nobre que vem se transformando na Nova Iorque de São Paulo. Passeie por lá e conheça o Museu da Casa Brasileira, onde estão expostos, entre outras coisas, os móveis dos moradores originais deste casarão centenário (A entrada é gratuita aos sábados, domingos e feriados). De lá, cruzando as ruas tranquilas do Jardim Europa, é possível emendar o passeio com uma ida ao MIS, o Museu da Imagem e do Som, onde aconteceram exposições disputadas como Castelo Rá-Tim-Bum e David Bowie. Vale conferir a agenda antes de ir.
Tarde
Minha sugestão para o almoço é o Taste and See, um pequeno restaurante vegan na Vila Olímpia. Entre os pratos bem servidos da casa, estão a feijoada, a bacalhoada e meu preferido, o yakisoba. A sopa também é ótima e muito barata. A dona é simpática e adora explicar os benefícios da dieta vegan e dos seus ingredientes integrais.
Separe um tempo para o estiloso Parque do Povo. Ele é pequeno e respira um pouco do ar "pesado" do Rio Pinheiros, mas é um excelente lugar pra relaxar. Tem pista de caminhada e ciclovia, que dá pra aproveitar com as "bikes do Itaú", retiráveis no ponto em frente à entrada principal do parque. Se for direto pra lá, basta descer na estação Cidade Jardim da CPTM (são trens, mas parecem metrôs).
 |
| Parque do Povo |
Antes ou depois do passeio no parque, percorra
as lojas do shopping que fica bem ao lado: o JK Iguatemi, inaugurado em 2012 para ser o mais luxuoso de
São Paulo. Se não tem
interesse nas grifes internacionais, saiba que andar pelo JK Iguatemi é quase a
garantia de encontrar alguma celebridade.
 |
| Torre do JK Iguatemi vista do Parque do Povo |
Para compras em São Paulo sem
gastar muito e sem o tumulto da 25 de Março, uma boa opção é a Rua João
Cachoeira, uma espécie
de shopping a céu aberto no coração do Itaim Bibi.
Noite
Curte experimentar a culinária de outros países? Ainda no Itaim, vá direto ao Jamie's Italian, recém-inaugurado pelo cheff inglês Jamie Oliver. Bem perto dali está o Eataly, empório italiano com vários restaurantes
dentro. Outra dica é escolher algum dos restaurantes da Rua Bandeira Paulista,
perto da Tabapuã. Lado a lado, há rodízios japoneses, um bistrô
francês e o Baruk, de culinária árabe.
 |
| Eataly |
3° DIA – Jardins e Pinheiros (mais cultura e gastronomia)
Manhã
Se for um domingo, fuja da
superlotação do Parque Ibirapuera e vá conhecer um parque ainda mais bonito e
histórico em São Paulo: o Parque da Independência. Às margens do Riacho
Ipiranga, foi ali que teoricamente Dom Pedro II gritou INDEPENDÊNCIA OU MORTE!
O Museu da Independência está em obras, mas sua arquitetura e seu jardim
francês são a garantia de excelentes fotos.
 |
| Parque Ipiranga Fonte da foto |
Pegue um metrô na estação Ipiranga e desça na Liberdade, o bairro oriental de São Paulo, que concentra a maior colônia de japoneses do mundo, além de muitos chineses e coreanos. Entre postes vermelhos e lojas de importados, procure pela Feira da Liberdade, um excelente lugar para apreciar a cultura e provar algumas delícias orientais.
Tarde
Para viver um pouco mais da rotina do paulistano, vá aos Jardins e entre na Livraria da Vila, ali na Alameda Lorena. O lugar é lindo, parece saído de algum filme do Stanley Kubrick. Entre livros e estantes, suba as escadas e sente-se na lanchonete La Guapa. As empanadas são boas, o doce de leite é argentino e os preços são honestos.
Se for uma tarde de sábado, a Feira da Benedito Calixto é imperdível. Nessa charmosa praça em Pinheiros, são vendidas antiguidades raras e comidas de rua, como pastel, coxinha e churros.
 |
| Galpão na Feira Benedito Calixto |
Noite
Que tal um jantar com vista panorâmica
pra se despedir de São Paulo? Alguns restaurantes têm vistas espetaculares,
como o Unique, The View e o Bar Alto da Harmonia (que
tem um indiscreto telescópio). Também existem opções mais pé no chão na Rua dos Pinheiros, como o Le
Jazz e o Consulado da Bahia.
 |
| Sobremesa do Le Jazz |
E as baladas?
Não sou perito nas baladas de São Paulo, mas
para curtir a noite aqui, é melhor entender o conceito dos principais
bairros:
• Itaim/Vila Olímpia/Jardins: casas ostentação,
daquelas com bebida que pisca.
• Vila Madalena: lugares alternativos de
boutique. Gente de coque, xadrez e blaser.
• Augusta/Centro: baladas alternativas de verdade.
Homens de saia, pole-dance e techno brega se for preciso.
Onde ficar?
Esse tema é longo e merece ser visto
separadamente. Pra se ter uma ideia, lá no Buenas Dicas já tratei do assunto em 3 posts diferentes.
Vale dar uma olhada:
• Onde ficar em São Paulo perto do que você precisa – Alternativas de hospedagem de acordo com
pontos de referência, como parques, shoppings, metrôs e centros de convenção.
• Os melhores bairros para ficar em São Paulo – Como alternativa à cara região da Paulista, analisei
os principais bairros de São Paulo e os motivos para ficar (ou não) em cada um.
• 5 hostels bacanas, baratos e perto do metrô em São Paulo - O título já diz tudo. Pra quem busca
hospedagem barata e com fácil acesso ao transporte.
Tem mais?
Claro, São Paulo tem muito mais. Mas só vindo
aqui para conhecer e entender. Tem outras feiras, outros museus e muitos outros
restaurantes, inclusive os dos Chefs jurados do MasterChef. E também tem outros shoppings, hostels e uma infinidade de coisas
para fazer, seja no seu roteiro de 3 dias ou durante muitos anos. São Paulo não
tem fim.
Sobre o Buenas Dicas
Um blog para quem gosta de ser livre. Dicas de viagem com mais beleza e menos passo a passo. O plano é dominar o mundo. Não como o Pink e o Cérebro, mas com fotos, roteiros, cidades, praias, mapas e uma infinidade de listas bacanas sobre destinos e viagens.
Um blog para quem gosta de ser livre. Dicas de viagem com mais beleza e menos passo a passo. O plano é dominar o mundo. Não como o Pink e o Cérebro, mas com fotos, roteiros, cidades, praias, mapas e uma infinidade de listas bacanas sobre destinos e viagens.
Abraços e boas viagens para nós!
Artigos relacionados a essa postagem:
O que fazer em Floripa excluindo as praias
Para não perder nenhum conteúdo, acompanhe-nos também pelo Twitter e Facebook.
0 comentários:
Postar um comentário
O que achou do artigo? É sempre gostoso ler as opiniões e contribuições de quem passa por aqui!
Se tiver alguma dúvida, leia a Política de comentários do Mundo de Viajante.