Você já deve ter notado que algo diferente está acontecendo no mundo quando o assunto é consumo. A cada dia surgem novas empresas com modelos de negócio revolucionários, produtos e (principalmente) serviços mais inteligentes. De que forma? Proporcionando alternativas mais baratas e sustentáveis, nas quais todos os envolvidos saem ganhando.
Fonte: Airbnb
Empreendedores espertos perceberam que, eles querendo ou não, as pessoas vão se conectar para suprirem suas necessidades. A queridíssima internet, com seus recursos incríveis, está aí pra isso. Sabe aquela história de "se não pode contra o inimigo, junte-se a ele"? Foi nesse contexto que surgiu o tal do consumo colaborativo, uma nova forma de comercializar, compartilhar ou trocar bens, serviços, informações, experiências e tudo o mais que for necessário.
Através dessa nova prática, uma pessoa que tem um bem ocioso pode levantar uma grana alugando-o para alguém que esteja precisando desse bem temporariamente - e, por sua vez, vai gastar bem menos do que se tivesse que comprar o produto novo. Com bens materiais tendo sua utilização otimizada por meio do compartilhamento, novas unidades não precisam ser produzidas e o meio-ambiente também ganha. Outra possibilidade ocorre com um estudante, que viaja regularmente por determinado trajeto e acaba encontrando quem precise de carona para se juntar à sua jornada, podendo rachar o combustível. Já um mecânico, por exemplo, pode consertar o carro de um eletricista que, em contrapartida, vai dar aquela mãozinha na instalação elétrica da casa do mecânico.
Ninguém tem tudo ou sabe tudo. Mas, juntas, as pessoas se completam. Lindo, né?
E onde as empresas entram nessa história? Bom, as que sabem aplicar direitinho os conceitos por trás da economia colaborativa, atuam como intermediárias. Elas conectam as pessoas e oferecem todas as ferramentas possíveis para facilitar as relações entre elas.
Gosto de acreditar que essas mudanças refletem uma certa evolução da sociedade. Um momento no qual cidadãos comuns e organizações comerciais estão colaborando em prol de causas úteis e nobres. Úteis porque sanam necessidades e nobres porque, além de mais sustentáveis do que as opções convencionais, proporcionam oportunidades em tudo quanto é âmbito e indústria.
É sério! O Kickstarter é um belo exemplo: com base no financiamento coletivo, possibilita a criação de centenas de startups e produtos excelentes que não passariam de sonhos se não fosse através dessa plataforma. E os casos de sucesso estão longe de parar por aí...
Tá, mas o que isso tudo tem a ver com turismo colaborativo mesmo?
Naturalmente, o turismo não ficaria de fora dessa onda de colaboração.
Sempre digo que viajar nos possibilita encontrar pessoas que, de tão gentis, até nos surpreendem. Agora imagina se tiver uma estrutura organizada por trás, dando ferramentas a essa gente com bom coração.
Espera, na verdade não precisa imaginar muito, porque várias plataformas online de turismo colaborativo já estão mais do que implementadas no cotidiano de viajantes do globo inteiro. Confira algumas:
Conecta empregadores a viajantes que estejam dispostos a trabalhar em troca de hospedagem, alimentação ou outros benefícios. O WWOOF é similar, porém exclusivo para atividades em fazendas orgânicas.
Conecta empregadores a viajantes que estejam dispostos a trabalhar em troca de hospedagem, alimentação ou outros benefícios. O WWOOF é similar, porém exclusivo para atividades em fazendas orgânicas.
Fonte: Worldpackers
Permite que pessoas com altas habilidades culinárias abram as portas das suas casas para oferecerem jantares a turistas. Para o convidado, é a oportunidade perfeita de provar os verdadeiros pratos típicos, sem ser enganado (e extorquido) por restaurantes.
Plataforma para quem quer dar ou receber carona. É bastante utilizado na Europa para deslocamento entre cidades. Usei algumas vezes, foi muito mais barato e agradável do que qualquer trem, ônibus ou cia aérea low cost. Leia esse post que escrevi sobre o tema.
Oferece a moradores locais a chance de se tornarem verdadeiros guias de suas cidades, extrapolando completamente os limites turísticos. Ainda nessa mesma linha de "guia alternativo", tem ainda o SANDERMANs.
Até agora é a forma mais fácil e barata que encontrei para conseguir um quarto, casa ou ap, mega confortável e todinho pra você, sem nenhuma troca de favores. A plataforma se baseia em um esquema de compra de noites, sendo que você pode acumular noites hospedando pessoas ou pagando em dinheiro mesmo. O grande lance é que, caso opte pelo pagamento em dinheiro, os preços por noite variam entre apenas US$7 e US$49 (para verdadeiras mansões), com a vantagem de poder dividir esse valor entre amigos ou familiares que estejam viajando com você.
Acabei de encontrar lá: ap em Amsterdam pra 7 pessoas por US$42/noite |
- House Sitting
O que todas essas organizações fazem não se trata unicamente de oferecer opções mais em conta. É questão de possibilitar viagens que poderiam nunca ter acontecido, agregadas a uma bagagem cultural que nenhum pacote de viagens inclui. É tudo muito mais íntimo, social e autêntico!
Deu pra entender por que eu amo tanto o turismo e o consumo colaborativo? S2
Se você conhece outra empresa bacaníssima como essas que eu não listei aqui, compartilha com a gente nos comentários! Se não conhece mas quer falar outra coisa, pode ficar à vontade também haha. E já que falei tanto em colaborar e compartilhar, compartilhe esse post com seus amigos que curtem viajar, pra eles não deixarem de aproveitar essas oportunidades ;)
Abraços e boas viagens para nós!
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